domingo, 25 de novembro de 2007

Radicais Gregos na língua portuguesa - Sicofanta

SICOFANTA


Em Atenas, existia uma lei que proibia a exportação de figos, produto básico na alimentação grega. Todavia, tentava-se a exportação clandestina. Quem prevaricasse, via a sua carga apreendida e, se fosse uma denúncia, o seu autor recebia metade, tal como o Estado. Daí surgirem os sicofantas, «descobridores de figos» (j h m i , «dizer, nomear» e s u k o n , «figo») ou seja, delatores.


O termo denominava, na Grécia Antiga aquele que delatava os contrabandistas de figos. Por extenso, passou a denominar o alcoviteiro, ou o alcagoete vulgar. Pessoa falsa, sem caráter, nociva.

pelo latim sycophanta-, «impostor») é «denunciante de quem roubasse figos, entre os antigos gregos» ou, em sentido figurado, «delator», «caluniador», «patife».Além disso, por extensão de sentido, sicofanta é «aquele que delata; acusador» ou, ainda, «aquele que presta informações falsas; caluniador, mentiroso».


RADICAIS GREGOS

Prefixo

Sentido

Exemplificação

-agogo

-algia

-arca

-arquia

-astenia

-céfalo

-cracia

-doxo

-dromo

-edro

-fagia

-fago

-filia

-fobia

-fobo

-foro

-gamia

-gamo

-géneo

-glota, -glossa

que conduz

dor

que comanda

comando, governo

debilidade

cabeça

poder

que opina

lugar para correr

base, face

acto de comer

que come

amizade

inimizade, ódio, temor

que odeia, inimigo

que leva ou conduz

casamento

que casa

que gera

língua

demagogo, pedagogo

cefalalgia, nevralgia

heresiarca, monarca

autarquia, monarquia

neurastenia, psicastenia

dolicocéfalo, microcéfalo

democracia, plutocracia

heterodoxo, ortodoxo

hipódromo, velódromo

pentaedro, poliedro

aerofagia, antropofagia

antropófago, necrófago

bibliofilia, lusofilia

fotofobia, hidrofobia

xenófobo, zoófobo

electróforo, fósforo

monogamia, poligamia

bígamo, polígamo

heterogéneo, homogéneo

poliglota, isoglossa

Prefixo

Sentido

Exemplificação

-gono

-grafia

-grafo

-grama

-logia

-logo

-mancia

-mania

-mano

-maquia

-metria

-metro

-morfo

-nomia

-nomo

-peia

-pólis, -pole

-ptero

-scopia

-scópio

-sofia

-stico

-teca

-terapia

-tomia

-tono

ângulo

escrita, descrição

que escreve

escrito, peso

discurso, tratado, ciência

que fala ou trata

adivinhação

loucura, tendência

louco, inclinado

combate

medida

que mede

que tem a forma

lei, regra

que regula

acto de fazer

cidade

asa

acto de ver

instrumento para ver

sabedoria

verso

lugar onde se guarda

cura

corte, divisão

tensão, tom

pentágono, polígono

ortografia, geografia

calígrafo, polígrafo

telegrama, quilograma

arqueologia, filologia

diálogo, teólogo

necromancia, quiromancia

megalomania, monogamia

bibliómano, mitómano

logomaquia, tauromaquia

antropometria, biometria

hidrómetro, pentâmetro

antropomorfo, polimorfo

agronomia, astronomia

autónomo, metrónomo

melopeia, onomatopeia

Petrópolis, metrópole

díptero, helicóptero

macroscopia, microscopia

microscópio, telescópio

filosofia, teosofia

dístico, monóstico

biblioteca, discoteca

fisioterapia, hidroterapia

dicotomia, nevrotomia

barítono, monótono




domingo, 18 de novembro de 2007

Mitologia Grega - Dionísio

A Mitologia Helênica é uma das mais geniais concepções que a humanidade produziu. Os gregos, com sua fantasia, povoaram o céu e a terra, os mares e o mundo subterrâneo de Divindades Principais e Secundárias. Amantes da ordem, instauraram uma precisa categoria intermediária para os Semideuses e Heróis. A mitologia grega apresenta-se como uma transposição da vida em zonas ideais. Superando o tempo, ela ainda se conserva com toda a sua serenidade, equilíbrio e alegria. A religião grega teve uma influência tão duradoura, ampla e incisiva, que vigorou da pré-história ao século IV e muitos dos seus elementos sobreviveram nos Cultos Cristãos e nas tradições locais. Complexo de crenças e práticas que constituíram as relações dos gregos antigos com seus deuses, a religião grega influenciou todo o Mediterrâneo e áreas adjacentes durante mais de um milênio.

Dioniso

Divindades gregas

Eros
Deuses Primordiais
Deuses Olímpicos
Deuses Ctónicos
Titãs
Divindades aquáticas
Musas
Outras divindades
Deuses Olímpicos
Estátua de Dioniso exposta no Louvre
Estátua de Dioniso exposta no Louvre

Dioniso, Diónisos ou Dionísio (do grego Διώνυσος ou Διόνυσος) era o deus grego equivalente ao deus romano Baco, das festas, do vinho, do lazer e do prazer. Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único deus filho de uma mortal.

Ocorreu que Hera, ciumenta de mais uma traição de Zeus, instigou Semele a pedir ao seu amante (caso ele fosse o verdadeiro Zeus) que viesse ter com ela vestido em todo seu esplendor, tal como anda no Olimpo. Semele então pediu que Zeus atendesse a um pedido seu, sem saber qual seria. Ele concordou e imediatamente se arrependeu.

Uma vez concedido o pedido teria que cumpri-lo. Ele então voltou ao Olimpo e colocou suas vestes maravilhosas, já sabendo de antemão o que ocorreria. De fato, o corpo mortal de Semele não foi capaz de suportar todo aquele esplendor, e ela virou cinzas.

Assim, Dioniso passou parte de sua gestação na coxa de seu pai. Quando completou o tempo da gestação, Zeus o entregou em segredo a Ino (sua tia) que passou a cuidar da criança com ajuda das híades, das horas e das ninfas.

Depois de adulto, ainda a raiva de Hera tornou Dioniso louco e ele ficou vagando por várias partes da Terra. Quando passou pela Frígia, a deusa Cíbele o curou e o instrui em seus ritos religiosos.

Sileno ensina a ele a cultura da vinha, a poda dos galhos e o fabrico do vinho.

Curado, ele atravessa a Ásia ensinando a cultura da uva. Ele foi o primeiro a plantar e cultivar as parreiras, assim o povo passou a cultuá-lo como deus do vinho.

Dioniso puniu quem quis se opor a ele (como Penteu) e triunfou sobre seus inimigos além de se salvar dos perigos que Hera estava sempre pondo em seu caminho.

Nas lendas romanas, Dioniso tornou-se Baco, que se transforma em leão para lutar e devorar os gigantes que escalavam o céu e depois foi considerado por Zeus como o mais poderoso dos deuses.

É geralmente representado sob a forma de um jovem imberbe, risonho e festivo, de longa cabeleira loira e flutuante, tendo, em uma das mãos, um cacho de uvas ou uma taça, e, na outra, um tirso (um dardo) enfeitado de folhagens e fitas. Tem o corpo coberto com um manto de pele de leão ou de leopardo, traz na cabeça uma coroa de pâmpanos, e dirige um carro tirado por leões.

Também pode ser representado sentado sobre um tonel, com uma taça na mão, a transbordar de vinho generoso, onde ele absorve a embriaguez que o torna cambaleante. Eram-lhe consagrados: a pega, o bode a lebre.

Às mulheres que o seguiam como loucas, bêbadas e desvairadas se dava o nome de bacantes.

É considerado também o deus protector do teatro. Em sua honra faziam-se ditirambos na Grécia Antiga e festas dionisíacas.

Segundo o mito, Dionísio ordenou a seus súditos que lhe trouxesse uma bebida que o alegrasse e envolvesse todos os sentidos. Trouxeram-lhe néctares diversos, mas Dionísio não se sentiu satisfeito até que ofereceram o vinho.

O deus encheu-se de encanto ao ver a bebida, suas cores, nuances e forma como brilhava ao Sol, ao mesmo tempo em que sentia o aroma frutado que exalava dos jarros à sua frente. Quando a bebida tocou seus lábios, sentiu a maciez do corpo do vinho e percebeu seu sabor único, suave e embriagador.

De tão alegre, Dionísio fez com que todos os presentes brindassem com suas taças, e ao som do brinde pôde ser ouvido por todos os campos daquela região. A partit daí, Dionísio passou a abençoar e a proteger todo aquele que produzisse bebida tão divinal, sendo adorado como deus do vinho e da alegria.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Fábulas De Esopo.

ESOPO, Fabulista grego foi-lhe atribuído um conjunto de pequenas histórias, de carácter moral e alegórico, cujos papéis principais eram desenvolvidos por animais e retirados grandes ensinamentos,

O Cervo Doente

Um Cervo doente e incapaz de andar,
repousava quieto em um pequeno pedaço de pasto fresco.

Seus companheiros, vieram então em grande número para saber de sua saúde, e cada um deles, servia-se à vontade da escassa grama daquele reduzido pasto, que lá estava para seu próprio sustento.

Assim ele morreu, não da doença da qual padecia, mas por falta de alimento.


Moral da História:
As más companhias sempre trazem mais infortúnios que alegrias.


O leão e o mosquito

Um leão ficou com raiva de um mosquito que não parava de zumbir ao redor de sua cabeça, mas o mosquito não deu a mínima.

-Você está achando que vou ficar com medo de você só porque você pensa que é rei? – disse ele altivo, e em seguida voou para o leão e deu uma picada ardida no seu focinho.

Indignado, o leão deu uma patada no mosquito, mas a única coisa que consegui foi arranhar-se com as próprias garras. O mosquito continuou picando o leão, que começou a urrar como um louco. No fim, exausto, enfurecido e coberto de feridas provocadas por seus próprios dentes e garras, o leão se rendeu. O mosquito foi embora zumbindo para contar a todo mundo que tinha vencido o leão, mas entrou direto numa teia de aranha. Ali o vencedor do rei dos animais encontrou seu triste fim, comido por uma aranha minúscula.

Moral da história: muitas vezes o menor de nossos inimigos é o mais temível.

O Galo de Briga e a Águia


Dois galos estavam disputando em feroz luta, o direito de comandar o galinheiro de uma chácara. Por fim um pôs o outro para correr. O Galo derrotado afastou-se e foi se recolher num lugar sossegado. O vencedor, voando até o alto de um muro, bateu as asas e exultante cantou com toda sua força. Uma Águia que pairava ali perto, lançou-se sobre ele e com um bote certeiro levou-o preso em suas poderosas garras. O Galo derrotado saiu do seu canto, e daí em diante reinou absoluto livre de concorrência.

Moral da História: O orgulho e a arrogância é o caminho mais curto para a ruína.

Ensaio de uma Crítica do Cristianismo

O Que levou a Nietzsche escrever o Anticristo? Sua Mente Iluminada, com certeza. Um dos grandes livros do século, uma ferrenha oposição a religião e a dogmática cristã que prega a falsificação da natureza, a deturpação das necessidades do homem, a condenação absurda imposta aos seres vivos. Abaixo alguns trechos do livros merecidos de serem lidos...


Este livro pertence aos homens mais raros. Talvez nenhum deles sequer esteja vivo. É possível que se encontrem entre aqueles que compreendem o meu “Zaratustra”: como eu poderia misturar-me àqueles aos quais se presta ouvidos atualmente? – Somente os dias vindouros me pertencem. Alguns homens nascem póstumos.

Não devemos enfeitar nem embelezar o cristianismo: ele travou uma guerra de morte contra este tipo de homem superior, anatematizou todos os instintos mais profundos desse tipo, destilou seus conceitos de mal e de maldade personificada a partir desses instintos – o homem forte como um réprobo, como “degredado entre os homens”. O cristianismo tomou o partido de tudo o que é fraco, baixo e fracassado; forjou seu ideal a partir da oposição a todos os instintos de preservação da vida saudável; corrompeu até mesmo as faculdades daquelas naturezas intelectualmente mais vigorosas, ensinando que os valores intelectuais elevados são apenas pecados, descaminhos, tentações. O exemplo mais lamentável: o corrompimento de Pascal, o qual acreditava que seu intelecto havia sido destruído pelo pecado original, quando na verdade tinha sido destruído pelo cristianismo! –

– Fui compreendido. No início da Bíblia está toda a psicologia do padre. – O padre conhece apenas um grande perigo: a ciência – o conceito sadio de causa e efeito. Mas a ciência apenas floresce totalmente sob condições favoráveis – um homem precisa de tempo, precisa possuir um intelecto transbordante para poder “conhecer”... “Logo, é preciso tornar o homem infeliz” – essa foi, em todas as épocas, a lógica do padre. – É fácil ver o que, a partir dessa lógica, surgiu no mundo: – o “pecado”... O conceito de culpa e punição, toda a “ordem moral do mundo” foram direcionados contra a ciência – contra a emancipação do homem do jugo sacerdotal... O homem não deve olhar para seu exterior; deve olhar apenas para o interior. Não deve olhar as coisas com acuidade e prudência, não deve aprender sobre elas; não deve olhar para nada; deve apenas sofrer... E sofrer tanto que sempre esteja precisando de um padre. – Fora os médicos! O necessário é um Salvador. – O conceito de culpa e punição, incluindo as doutrinas da “graça”, da “salvação”, do “perdão” – mentiras sem qualquer realidade psicológica – foram inventadas para destruir o senso de causalidade do homem: são um ataque contra o conceito de causa e efeito! – E não um ataque com punho, com faca, com honestidade no amor e no ódio! Longe disso, foi inspirado pelo mais covarde, mais velhaco, mais ignóbil dos instintos! Um ataque de padres! Um ataque de parasitas! O vampirismo de sanguessugas pálidas e subterrâneas!... Quando as conseqüências naturais de um ato já não são mais “naturais”, mas vistas como obras de fantasmas da superstição – “Deus”, “espíritos”, “almas” –, como conseqüências “morais”, recompensas, punições, sinais, lições, então torna-se estéril todo o solo para o conhecimento – e com isso perpetrou-se o maior dos crimes contra a humanidade. – Repito que o pecado, essa autoprofanação par excellence, foi inventado para tornar impossível ao homem a ciência, a cultura, toda a elevação e todo o enobrecimento; o padre reina graças à invenção do pecado.
O cristianismo nos fez perder todos os frutos da civilização antiga, e mais tarde nos fez perder os frutos da civilização islâmica. A maravilhosa cultura dos mouros na Espanha, que era fundamentalmente mais próxima aos nossos sentidos e gostos que Roma e Grécia, foi pisoteada (– não digo por que tipo de pés –). Por quê? Porque devia sua origem aos instintos nobres e viris – porque dizia sim à vida, e a com a rara e refinada luxuosidade da vida mourisca!... Mais tarde os cruzados combateram algo ante o qual seria mais apropriado que rastejassem – uma civilização que faria mesmo o nosso século XIX parecer muito pobre e “atrasado”. – O que queriam, obviamente, era saquear: o Oriente era rico... Coloquemos à parte os preconceitos! As cruzadas: pirataria em grande escala, nada mais! A nobreza alemã, que no fundo é uma nobreza de viking, estava em seu elemento com as cruzadas: a Igreja sabia muito bem como ganhar a nobreza alemã.... A nobreza alemã, sempre a “guarda suíça” da Igreja, estava ao serviço de todos maus instintos da Igreja – mas bem paga... Foi precisamente a ajuda das espadas, do sangue e do valor alemães que permitiu à Igreja fazer sua guerra de morte contra tudo que é nobre sobre a Terra! Aqui poderiam ser feitas perguntas bastante dolorosas. A nobreza alemã encontra-se fora da história das civilizações elevadas: a razão é óbvia... Cristianismo, álcool – os dois grandes meios de corrupção... Em suma, não havia mais escolha entre o islamismo e o cristianismo que há entre um árabe e um judeu. A decisão já foi tomada; não há mais liberdade de escolha aqui. Ou bem se é chandala ou bem se não é... “Guerra de morte a Roma! Paz e amizade com o islamismo!”: esse foi o sentimento, essa foi a ação do grande espírito livre, do gênio entre os imperadores alemães, Frederico II. Como? Será preciso que um alemão seja gênio, espírito livre, para possuir sentimentos decentes? Não consigo imaginar como um alemão poderia sentir-se cristão...

– Com isto concluo e pronuncio meu julgamento: eu condeno o cristianismo; lanço contra a Igreja cristã a mais terrível acusação que um acusador já teve em sua boca. Para mim ela é a maior corrupção imaginável; busca perpetrar a última, a pior espécie de corrupção. A Igreja cristã não deixou nada intocado pela sua depravação; transformou todo valor em indignidade, toda verdade em mentira e toda integridade em baixeza de alma. Que se atrevam a me falar sobre seus benefícios “humanitários”! Suas necessidades mais profundas a impedem de suprimir qualquer miséria; ela vive da miséria; criou a miséria para fazer-se imortal... Por exemplo, o verme do pecado: foi a Igreja que enriqueceu a humanidade com esta desgraça! – A “igualdade das almas perante Deus” – essa fraude, esse pretexto para o rancor de todos espíritos baixos – essa idéia explosiva terminou por converter-se em revolução, idéia moderna e princípio de decadência de toda ordem social – isso é dinamite cristã... Os “humanitários” benefícios do cristianismo! Fazer da humanitas(1) uma autocontradição, uma arte da autopoluição, um desejo de mentir a todo custo, uma aversão e desprezo por todos instintos bons e honestos! Para mim são esses os “benefícios” do cristianismo! – O parasitismo como única prática da Igreja; com seus ideais “sagrados” e anêmicos, sugando da vida todo o sangue, todo o amor, toda a esperança; o além como vontade de negação de toda a realidade; a cruz como símbolo representante da conspiração mais subterrânea que jamais existiu – contra a saúde, a beleza, o bem-estar, o intelecto, a bondade da alma – contra a própria vida...


E conta-se o tempo a partir do dies nefastus(2) em que essa fatalidade começou – o primeiro dia do cristianismo! – Por que não contá-lo a partir do seu último dia? – A partir de hoje? – Transmutação de todos os valores!...


Pitagóras, O Reitor da Primeira Universidade do Mundo..um pouco de sua biografia.


Pitágoras (do grego Πυθαγόρας) foi um filósofo e matemático grego que nasceu em Samos pelos anos de 571 a.C. e 570 a.C. e morreu provavelmente em 497 a. C. ou 496 a.C. em Metaponto.

A sua biografia está envolta em lendas. Diz-se que o nome significa altar da Pítia ou o que foi anunciado pela Pítia, pois sua mãe ao consultar a pitonisa soube que a criança seria um ser excepcional.

Pitágoras foi o fundador de uma escola de pensamento grega chamada em sua homenagem de pitagórica.

A Escola Pitagórica ensejou forte influência na poderosa verve de Euclides, Arquimedes e Platão, na antiga era cristã, na Idade Média, na Renascença e até em nossos dias com o Neopitagorismo.

Principais descobertas

Apesar de todo o misticismo, os pitagóricos eram grandes matemáticos. Eles descobriram propriedades interessantes e curiosas sobre os números.

Números figurados


Os pitagóricos estudaram e demonstraram várias propriedades dos números figurados. Entre estes o mais importante era o número triangular 10, chamado pelos pitagóricos de tetraktys. Este número era visto como um número místico uma vez que continha os quatro elementos fogo, água, ar e terra: 10=1 + 2 + 3 + 4.

Números perfeitos

A soma dos divisores de determinado número com exceção dele mesmo, é o próprio número. Exemplos:

  1. Os divisores de 6 são: 1,2,3 e 6. Então, 1 + 2 + 3 = 6.
  2. Os divisores de 28 são: 1,2,4,7,14 e 28. Então, 1 + 2 + 4 + 7 + 14 = 28.

Teorema de Pitágoras

Um problema não solucionado na época de Pitágoras era determinar as relações entre os lados de um triângulo retângulo. Pitágoras provou que a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.



Importância para o Direito

Pitágoras foi o primeiro filósofo a criar uma definição que quantificava o objetivo final do Direito: a Justiça. Ele definiu que um ato justo seria a chamada "justiça aritmética", na qual cada indivíduo deveria receber uma punição ou ganho quantitativamente igual ao ato cometido. Tal argumento foi refutado por Aristóteles, pois ele acreditava em uma justiça geométrica, na qual cada indivíduo receberia uma punição ou ganho qualitativamente, ou proporcionalmente, ao ato cometido; ou seja, ser desigual para com os desiguais a fim de que estes sejam igualados com o resto da sociedade.

Pitagóras e a Metempsicose

Metempsicose é a doutrina da transmigração da alma. É usualmente denominada de metacomorfose. Sustenta a transmigração da alma humana para corpos animais ou espécies vegetais. Deste modo, um Espírito, que hoje anima um corpo humano, poderia retornar ao mundo sob formas vegetais ou animais.

Metempsicose, do grego:[ meta= mudança + en= em + psukê= alma] :

  1. Transmigração da alma de um corpo para outro.
  1. Doutrina filosófica de origem indiana (é um dos dois grandes princípios do Hinduísmo conjuntamente com o karma), transportada para o Egito, de onde mais tarde Pitágoras a importou para a Grécia. Os discípulos desse filósofo ensinavam ser possível uma mesma alma, depois de uma período mais ou menos longo no império dos mortos, voltar a animar outros corpos de homens ou de animais, até que transcorra o tempo de sua purificação e possa retornar à fonte da vida. Como se constata, há uma diferença capital entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação: em primeiro lugar, a metempsicose admite a transmigração da alma para o corpo de animais, o que seria uma degradação; em segundo lugar, esta transmigração não se opera senão na Terra. Os Espíritas lecionam o contrário, que a reencarnação é um progresso constante, que o homem é um ser cuja alma evoluiu e não pode regredir e voltar a animar corpos animais, que as diferentes existências podem realizar-se, quer na Terra, quer, por uma lei progressiva, em mundos de ordem superior, até que se torne Espírito purificado.

Pensamentos de Pitágoras

  1. Educai as crianças e não será preciso punir os homens.
  2. Não é livre quem não obteve domínio sobre si.
  3. Pensem o que quiserem de ti; faz aquilo que te parece justo.
  4. O que fala semeia; o que escuta recolhe.
  5. Ajuda teus semelhantes a levantar a carga, mas não a carregues.
  6. Com ordem e com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem.
  7. Todas as coisas são números.
  8. A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus.
  9. A Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a Lei de Deus.
  10. A vida é como uma sala de espectáculos: entra-se, vê-se e sai-se.